| 
| Carmen 42 (in Brazilian Port. by Julio S. Moraes) |  |  
|  |  |  
| Available in 
Latin, 
Brazilian Port., 
Chinese, 
Croatian, 
Czech, 
Dutch, 
English, 
Finnish, 
French, 
German, 
Hungarian, 
Italian, 
Scanned, 
Spanish, and 
Vercellese. Compare two languages here. |  |  
|  |  |  
| Acorram em minha ajuda, palavras grosseiras e de baixo calão, tantas quantas eu nem saiba de onde vieram. Uma mulher à-toa quer fazer de mim um tolo e se recusa a
 devolver meus poemas, podem vocês acreditar? Vamos procurá-la, vamos caçá-la e os
 exigiremos de volta! Quem ela julga que é afinal? É esta que todos vêem,
 prostituindo-se nas ruas com seus feios lábios pintados de vermelho como os de um
 palhaço, rindo-se perdidamente como se de sua boca saíssem os latidos de um cão da
 Gália. Segurem-na e forcem-na a que restitua meus poemas. Suja mulher! Pouco estas
 palavras significam para ti, Ó lama, ó lupanar, ou pior ainda, se possível fora.
 Tentemos fazê-la corar de vergonha ao ouvir-nos em coro entoar: Mulher à-toa! Mulher
 à-toa! E cada vez mais alto: Suja mulher! Mas nada a perturba. Melhor será mudar de
 tom e de linguagem: Ó mulher pura e pudica, por favor, devolve nossos poemas.
 
 |  
|  |  
| © copyright 10-2-2008 by Julio S. Moraes |  
|  |  |  |