Acorram em minha ajuda, palavras grosseiras e de baixo calão, tantas quantas eu nem
saiba de onde vieram. Uma mulher à-toa quer fazer de mim um tolo e se recusa a
devolver meus poemas, podem vocês acreditar? Vamos procurá-la, vamos caçá-la e os
exigiremos de volta! Quem ela julga que é afinal? É esta que todos vêem,
prostituindo-se nas ruas com seus feios lábios pintados de vermelho como os de um
palhaço, rindo-se perdidamente como se de sua boca saíssem os latidos de um cão da
Gália. Segurem-na e forcem-na a que restitua meus poemas. Suja mulher! Pouco estas
palavras significam para ti, Ó lama, ó lupanar, ou pior ainda, se possível fora.
Tentemos fazê-la corar de vergonha ao ouvir-nos em coro entoar: Mulher à-toa! Mulher
à-toa! E cada vez mais alto: Suja mulher! Mas nada a perturba. Melhor será mudar de
tom e de linguagem: Ó mulher pura e pudica, por favor, devolve nossos poemas.