Não é de admirar, Rufo, que mulher nenhuma queira que suas tenras coxas entrem em
contato com teu corpo. É que, a teu respeito corre um boato que te faz muito mal:
dizem que sob tuas axilas habita um animal que exala um feroz odor hircino. Eis o
que temem as mulheres e o que não é de admirar por que um bode é uma vil companhia
na cama de uma bela mulher. Assim, Rufo, destroi este pestilencial odor, cruel para
quaisquer narinas, ou deixa de te surpreenderes pelas evasivas das mulheres.

Noli admirari quare tibi femina nulla,
Rufe, velit tenerum supposuisse femur,
non si illam rarae labefactes munere vestis
aut perluciduli deliciis lapidis.
laedit te quaedam mala fabula, qua tibi fertur
valle sub alarum trux habitare caper.
hunc metuunt omnes; neque mirum: nam mala valdest
bestia, nec quicum bella puella cubet.
quare aut crudelem nasorum interfice pestem,
aut admirari desine cur fugiant.