Volusio, que como Enio, escreveste os Anais da República Romana, só que teus papéis
são cobertos de restos excrementícios, por favor exculpe os votos que minha amante
fez a Vênus e a Cupido, para me ter só para si. e deixar de, contra ela, compor
meus iambos terríveis, e entregar a um deus bem lento para que este atire às chamas
as obras-primas do pior poeta que exista.
Ora, foram exatamente os Anais de Volúsio, que a garota indicou em seu voto ladino e
agora se vê às voltas com a Deusa que lhe cobra o voto que brincando fez.
Ó Deusa, nascida do azul do Mar, sagrada em Idalis e Uria, objeto da devoção em
Ancona, em Cnidus e seus caniçais, (onde tua estátua é de Praxiteles), Golgi e
Dyrrachium, entreposto do Adriático, Ó Vênus, se achais que ao voto de minha amiga
não faltam certo encanto e graça, dignai-vos ir ao fogo e vereis quão rústicos e
grosseiros são os Anais de Volúsio, cobertos de restos excrementícios.