Recomendo-me a ti, Aurélio e também ao jovem
que te vai procurar e o favor que peço é bem razoável;
se alguma vez tua alma conceber o desejo insensato
que te assalta quando vês uma criança como a que te
confio; não temo a massa dos que vão e vêm, tratando
de seus negócios, mas de tu mesmo e deste teu membro
fatal, hostil a crianças boas e más, porque o deixas ir
aonde queira, como queira, tanto quanto queira. Peço-te
que excluas este jovem de teus maus pensamentos
e insensatas paixões, porque se o fizeres estarás me traindo
e então, miserável celerado, minha vingança será terrível,
farei com que te amarrem as pernas e, pela porta dos fundos,
te enfiem rabanetes descascados e tainhas sem descamar.